Tuesday, May 30, 2006

Criada comissão para apreciar estacionamento no Chiado

A Assembleia Municipal de Lisboa vai criar uma comissão para análise do projecto de construção de um parque de estacionamento subterrâneo no Largo Barão de Quintela, no Chiado, sobre o qual deverá pronunciar-se dentro de dois meses.
A medida foi aprovada hoje por unanimidade durante a reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), depois de a decisão ter sido concertada entre os líderes de todas as bancadas municipais.O projecto de construção do parque de estacionamento sob o Largo Barão de Quintela, com 270 lugares e cinco pisos subterrâneos, tem suscitado alguma polémica, nomeadamente com a oposição do PS e do Bloco de Esquerda (BE), que hoje pediam a suspensão de qualquer decisão relativa ao licenciamento desta obra.
As bancadas do PSD, PS, BE e CDS/PP apresentaram hoje, para discussão na AML, moções sobre o projecto, que foram retiradas face à decisão de criar uma comissão eventual de análise e apreciação do processo.
A moção subscrita pelo deputado social-democrata Nelson Coelho alegava que o processo está caducado, uma vez que já decorreram quase dois anos e meio após a aprovação da última decisão da AML sobre este processo, já que o construtor teria três meses para apresentar o projecto e dois anos para concluir a obra.
A vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Gabriela Seara (PSD), nega que o processo tenha caducado, argumentando que até ao momento só foi aprovado o projecto de arquitectura, faltando aprovar os projectos de especialidades.O processo só poderia ser considerado caducado se a licença de construção tivesse sido emitida e o promotor não tivesse realizado a obra nos dois anos seguintes, considera a vereadora.
Por outro lado, o deputado Nelson Coelho acredita que o projecto viola o Plano Director Municipal (PDM), afirmando que o largo se situa numa área histórica habitacional, numa zona «abrangida pelos 50 metros de protecção ao monumento nacional» - Palácio de Quintela/Condes de Farroba, além de a obra não estar contemplada em qualquer «plano de pormenor, plano de salvaguarda ou projecto de espaço público, estudo ou plano municipal de ordenamento do território, aprovados para o local».
A oposição afirma-se preocupada com as eventuais alterações ao Largo Barão de Quintela e acredita que a construção de um novo parque de estacionamento vai aumentar o tráfego naquela zona.Na opinião do BE, a obra será «mais uma verdadeira agressão à preservação do património histórico, arquitectónico e cultural da cidade».
Para a bancada do CDS/PP, a autarquia deveria promover a reabilitação do largo, mas desistir do projecto de construção do estacionamento, optando pela criação de um parque subterrâneo no Príncipe Real.
A vereadora do Urbanismo já se mostrou disponível para rever o projecto de requalificação do jardim.

CDS pede a maioria que desista do estacionamento no Chiado

Os deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) vão pedir ao executivo da Câmara, liderado por uma coligação PSD/PP, que desista da intenção de construir um estacionamento subterrâneo no Largo Barão de Quintela, no Chiado.

A bancada democrata-cristã vai apresentar terça-feira, na reunião da AML, uma moção a propor a construção, em alternativa, de um parque subterrâneo no Príncipe Real.
A Câmara de Lisboa aprovou recentemente o projecto de arquitectura do parque de estacionamento no Largo Barão de Quintela e admite pedir ao arquitecto responsável, Gonçalo Byrne, que elabore um novo projecto paisagístico para recuperação do jardim.O projecto já mereceu a contestação do PS e do Bloco de Esquerda, além da ameaça de demissão da historiadora Raquel Henriques da Silva do recém-criado comissariado para a Baixa pombalina, um órgão tutelado pela vereadora Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP).
Na moção, os deputados do CDS consideram que a reabilitação do largo «é urgente», bem como «a criação de novos espaços de estacionamento que sirvam os moradores do Bairro Alto», mas sem acarretar «consequências negativas na zona envolvente».
O PP propõe que a autarquia estude a criação de um parque de estacionamento no Príncipe Real, «por baixo do asfalto e sem afectar o jardim, de modo a servir os moradores do Bairro».Os deputados defendem ainda que «seja encontrado um novo espaço para a instalação condigna» dos bombeiros que actualmente funcionam num quartel no Largo Barão de Quintela.
A bancada apresentará ainda uma moção a questionar o Governo sobre o funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes, criada em 2003 pelo então ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, actual presidente da Câmara Municipal.

Diário Digital

Monday, May 29, 2006

CDS com propostas na A.M.Lisboa

Os deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal de Lisboa (AML) vão pedir ao executivo da Câmara, liderado por uma coligação PSD/PP, que desista da intenção de construir um estacionamento subterrâneo no Largo Barão de Quintela, no Chiado.A bancada democrata-cristã vai apresentar terça-feira, na reunião da AML, uma moção a propor a construção, em alternativa, de um parque subterrâneo no Príncipe Real.
A Câmara de Lisboa aprovou recentemente o projecto de arquitectura do parque de estacionamento no Largo Barão de Quintela e admite pedir ao arquitecto responsável, Gonçalo Byrne, que elabore um novo projecto paisagístico para recuperação do jardim.O projecto já mereceu a contestação do PS e do Bloco de Esquerda, além da ameaça de demissão da historiadora Raquel Henriques da Silva do recém-criado comissariado para a Baixa pombalina, um órgão tutelado pela vereadora Maria José Nogueira Pinto (CDS-PP).
Na moção, os deputados do CDS consideram que a reabilitação do largo "é urgente", bem como "a criação de novos espaços de estacionamento que sirvam os moradores do Bairro Alto", mas sem acarretar "consequências negativas na zona envolvente".
O PP propõe que a autarquia estude a criação de um parque de estacionamento no Príncipe Real, "por baixo do asfalto e sem afectar o jardim, de modo a servir os moradores do Bairro".Os deputados defendem ainda que "seja encontrado um novo espaço para a instalação condigna" dos bombeiros que actualmente funcionam num quartel no Largo Barão de Quintela.A bancada apresentará ainda uma moção a questionar o Governo sobre o funcionamento da Autoridade Metropolitana de Transportes, criada em 2003 pelo então ministro das Obras Públicas, Carmona Rodrigues, actual presidente da Câmara Municipal.
"O actual ministro, Mário Lino, disse não concordar com o modelo definido pelo anterior executivo. Quase um ano depois destas declarações, a Autoridade continua paralisada, com gravíssimos prejuízos para a mobilidade e para o ambiente na Área Metropolitana de Lisboa", critica o CDS-PP.Numa outra moção que será debatida terça-feira na AML, a bancada democrata-cristã questiona a autarquia sobre eventuais estudos para um novo parque de estacionamento em Campo de Ourique, recordando que "há vários anos está prevista a construção" de um equipamento deste tipo na Praça Afonso do Paço.
Na opinião do CDS, "o problema da falta de estacionamento afecta fortemente toda a zona de Campo de Ourique".
A criação de uma comissão eventual da Assembleia Municipal para acompanhar as transferências de verbas da câmara para as juntas de freguesia é o objectivo de outra moção que o CDS-PP propõe terça- feira, considerando que "a experiência dos anos anteriores tem demonstrado algumas dificuldades e reclamações na distribuição de verbas e execução de protocolos".

Notícia LUSA

Sunday, May 07, 2006

Qualidade do ar medida no Bairro Alto e Chiado

A qualidade do ar no Bairro Alto e Chiado - zonas parcialmente vedadas à circulação automóvel - vai ser medida de modo a avaliar o impacto destas restrições na poluição atmosférica. O estudo vai ser feito pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, entidade com quem a Câmara Municipal de Lisboa (CML) celebrou ontem um protocolo de colaboração, por um período de um ano, renovável, no valor de 11,4 mil euros.
Na ocasião, Carmona Rodrigues, presidente da CML, admitiu que "a poluição do ar é o principal problema ambiental da cidade" e explicou que o objectivo deste estudo é "mostrar os efeitos positivos das medidas de restrição ao tráfego automóvel", salientando as questões da segurança, acessibilidade de viaturas de emergência, redução das fontes de poluição, efeitos no edificado e melhoria da qualidade de vida para residentes e visitantes.
"Para gerir bem, é preciso conhecer bem", disse o presidente da CML, considerando que "a adopção de medidas deve ser feita com base no conhecimento". Carmona Rodrigues salientou que as restrições ao tráfego automóvel são para "reforçar", embora não tenha dito onde, mas afastou a hipótese de avançar com a cobrança de uma taxa de circulação na Baixa. "Por enquanto, não passa de uma ideia", disse.
Ao JN, Francisco Ferreira, dirigente nacional da associação ambientalista Quercus e membro da equipa que vai fazer esta monitorização, explicou que a importância deste estudo é ver se há alguma diferença entre o ar que se respira na zona condicionada ao tráfego e na envolvente, onde não existem restrições. Para o efeito, além de medições no Bairro Alto e Chiado, serão também feitas medições no Largo do Camões, Misericórdia e Rua da Escola Politécnica."Vamos comparar os dados. Se os valores forem os mesmos, significa que as restrições têm de ser maiores para ter efeito. Se tiverem melhorado, queremos saber quanto", disse Francisco Ferreira, explicando que também serão feitas comparações com outras zonas da cidade onde existem estações de medição da qualidade do ar.Curiosamente, a estação mais próxima da zona agora em estudo é a da Avenida da Liberdade, onde se registam os piores valores de poluição atmosférica de todo o país. Carmona Rodrigues anunciou também o reforço da rede de monitorização da qualidade do ar da cidade.

in JN

Friday, May 05, 2006

Noites mais longas da capital são no Bairro Alto

O Bairro Alto está no topo das preferências dos lisboetas quando saem à noite. Esta conclusão surge num estudo apresentado ontem pela empresa QualiQuanto - Research and Brand Consultancy que caracteriza os espaços de diversão nocturna da capital e os públicos que os frequentam.Segundo Isabel Pinheiro, coordenadora do projecto, o Bairro Alto, por ser "um espaço amplo, com uma oferta diversificada, que permite uma convivência entre várias 'tribos', aliado ao facto de ser o local onde, aparentemente, as bebidas são mais baratas", justifica a escolha por parte da maioria dos inquiridos.
O perfil de quem sai à noite é cada vez mais diversificado, mas é entre os jovens dos 17 aos 24 anos que se encontra a maioria dos noctívagos, revela o estudo.O roteiro da noite lisboeta já não é o que era. O habitual programa de jantar fora e ir ao cinema deu lugar a um novo circuito da noite, que passa por jantar, ir até a um ou dois bares, correr as discotecas e terminar já de manhã com o pequeno almoço, sempre inserido num grupo de amigos, companhia preferencial apontada pelos inquiridos, cerca de 91%.
Noites mais seguras e na modaQuando se fala nos hábitos de quem sai à noite, as questões de segurança surgem de imediato. No entanto, essa preocupação não se revela de forma significativa no estudo. Isabel Pinheiro diz que "os jovens não vêem a noite como insegura" e que aparentam "conviver de forma mais ou menos pacífica com o facto de poderem vir a ser assaltados".Para os noctívagos mais frequentes não existe um dia específico para sair. No entanto, a sexta-feira e o sábado continuam a ser os dias preferidos para "ir para os copos".Quem quer sair à noite "tem" de estar na moda. Este facto origina que diversas marcas de vestuário e acessórios surjam associadas à ida à discoteca.
Nike, Lacoste, Gap e Swatch surgem no topo das marcas mais referenciadas. O telemóvel é um acessório fundamental e quanto a equipamentos as marcas Nokia e Samsung lideram as preferências. Na base deste estudo esteve o facto de "as empresas que estão ligadas ao negócio da noite não saberem o resultado dos eventos que promovem". O estudo agora apresentado acaba por ser "o follow up do trabalho desenvolvido pelos empresários, apesar de não ter sido encomendado por nenhum empresário da noite", revela.Ficha técnica do estudoPreparado durante cerca de um ano, este estudo contou com a colaboração de três recém licenciados em Sociologia pela Universidade Lusófona.
Numa primeira fase, um grupo de 25 jovens foi convidado a identificar, através de colagens e fotografias, os ambientes e as vivências da noite nos locais que habitualmente frequentam. Numa fase posterior, e depois de encontrados alguns conceitos chave, foi aplicado um questionário a cerca de 200 frequentadores da noite lisboeta.
in DN de ontem