Thursday, October 25, 2007

Comércio baixou sem elevador

O elevador da Glória, em Lisboa, voltou a funcionar a 18 de Setembro, após um ano e meio de paragem, devido às obras no Túnel do Rossio. Durante este tempo os turistas e os transeuntes ocasionais da rua São Pedro de Alcântara deixaram de passar com regularidade no local e as quebras no negócio fizeram-se logo sentir.

"Deixei de vender uma média de 100 a 150 cafés por dia", realçou um dos donos de um café mesmo em frente ao miradouro do Princípe Real. Também uma das comerciantes da zona referiu que a quebra "foi quase da ordem dos 50%", sualertando ainda para a grande importância do elevador no desenvolvimento de uma das zonas mais antigas de Lisboa. "Se não quiserem matar o Bairro Alto, devem fazer com que este elevador tenha mais qualidade no serviço prestado", defendeu.
A agravar a situação económica destes comerciantes estiveram as obras no miradouro do Príncipe Real, paradas quase dois anos e que foram retomadas recentemente. Cátia Macedo, técnica comercial e residente no Bairro Alto há 27 anos, afirmou que com a reabertura do elevador "notou logo um maior fluxo de pessoas". Espera, igualmente que, com o término das obras do miradouro, agendadas para Fevereiro de 2008, a zona do Princípe Real volte aos tempos auréos de movimento turístico.


Durante os 17 meses que os ascensores estiveram parados procederam-se a obras de manutenção aos veículos e aos carris. Curiosamente, ontem de manhã, dia em que o elevador celebrou 122 anos de existência, uma pequena avaria num compressor, rapidamente resolvida, quase ensombrou a efeméride.


O elevador da Glória, inaugurado em 1885, está classificado como Monumento Nacional e faz uma média de 180 viagens diárias, num intervalo temporal de 10 minutos cada.



in Jornal de Notícias

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