Friday, October 12, 2007

Festa do Chiado quer atrair antigos e novos frequentadores da zona

A 11ª Festa do Chiado arranca sábado e prolonga-se até dia 20, com o intuito de «trazer antigos e novos frequentadores desta zona lisboeta», disse Cristina Reis, do Centro Nacional de Cultura (CNC), que organiza a iniciativa.
Este será o último ano que a Festa decorrerá nos actuais moldes, já que o CNC conta no próximo ano «renová-la e realizá-la apenas uma vez por ano, e não duas vezes como actualmente», disse a responsável.
Segundo Cristina Reis «a Festa tem sido um sucesso, quer com o aumento de participantes quer de entidades parceiras do CNC».
«Há quatro anos eram cerca de 30 os nossos parceiros, este ano contamos 90», disse Cristina Reis.
A Festa tem-se realizado nos meses de Maio e Outubro, mas a partir do próximo ano «será concentrada e decorrerá em Maio, até pela facilitação de vários meios», indicou.
Da Festa deste ano sobressai a observação do céu e das estrelas a partir de telescópios instalados no Largo Trindade Coelho, onde se situa a igreja de S. Roque, e ainda uma homenagem ao ensaísta Eduardo Prado Coelho que foi o primeiro consultor do CNC para a iniciativa Cinco livros, cinco autores.
A iniciativa de observação do firmamento, Lá em cima..., conta com a colaboração do Centro Ciência Viva de Constância e do Museu de Ciência da Universidade de Lisboa.
Durante esta semana a festa permitirá entrar no Convento da Trindade, que habitualmente está encerrado, e onde se instalou a Cervejaria da Trindade.
«O convento foi reconstruído depois do terramoto de 1755 e com alterações mais recentes, mas continua a ser um espaço arquitectónico magnífico, com alguns elementos decorativas que aludem à Maçonaria», explicou Cristina Reis.
O Cónego Armando Duarte guiará uma visita à basílica dos Mártires, na Rua Garrett, que foi o primeiro cemitério cristão após a reconquista de Lisboa por D. Afonso Henriques em 1147.
Neste templo o grupo de música antiga Il Dolcimelo apresentará um concerto que se intitulará Viagem no tempo.
Serão também realizadas visitas ao Grémio Literário e ao Teatro São Carlos, bem como uma visita guiada à Praça do Comércio por Elisabete Rocha, que reconstituirá o regicídio do Rei D. Carlos e do Príncipe herdeiro D. Luís Filipe, em Fevereiro de 1908.
A Hemeroteca, no Palácio dos Marqueses de Tomar, junto ao miradouro de S. Pedro de Alcântara, abrirá as suas portas para mostrar o impacto da greve académica de 1907 na imprensa da época.
As galerias de arte do Chiado apresentam as suas exposições habituais, «mas há casos de dilatação do horário, e até escolhas de pintores propositadas para esta festa», disse Cristina Reis.
Fátima Nunes inaugura uma exposição na galeria Maria Lucília Cruz, na Rua das Salgadeiras, no Bairro Alto.
Pedro Sousa Vieira expõe desenho na galeria Quadrado Azul, Pedro Castanheira na das Galveias, Paolo Bigelli na Chiado d'Arte, Rogério Ribeiro nas Salgadeiras e Paulo Ossião na S. Francisco, entre outros.
Realiza-se ainda uma feira de livros, DVD, serigrafias e t-shirts na sede do CNC, na Rua António Maria Cardoso, e uma de alfarrabistas na Junta de Freguesia dos Mártires, frente à igreja do Santíssimo Sacramento.
A Festa é ainda motivo para «encontros à esquina», um deles na do largo do Picadeiro com a Travessa dos Teatros, de onde Rui Afonso Simões e Anísio Franco guiarão os participantes pela «movida lisboeta».
Lusa / SOL

0 Comments:

Post a Comment

<< Home