Tuesday, April 18, 2006

Hemeroteca Municipal de Lisboa reabriu ao público

A Hemeroteca reabriu ao público, dia 17 de Abril, com novos serviços, novos espaços e novos horários, no mesmo sítio, no velhinho Palácio dos Condes de Tomar, ao Bairro Alto, agora recuperado dos problemas que levaram ao seu encerramento. Relativamente aos novos serviços destaca-se a criação de um Serviço de Digitalização e Imagem para pedidos de digitalização, na biblioteca ou à distância. Por outro lado, passa a funcionar num horário mais alargado, das 10 às 19 horas, de segunda à sexta-feira, e aos sábados, das 13 às 19 horas. Dotada agora de novos espaços de consulta e leitura, reorganizados por grandes áreas temáticas, com uma forte aposta no atendimento personalizado.
Ao todo são mais de mil títulos de colecções de jornais e revistas em livre acesso, cruzados com as colecções digitais, numa política que privilegia a simplificação e a desburocratização e as tecnologias da informação no acesso ao conhecimento. A Hemeroteca encerra na última segunda-feira de cada mês, entre as 10H e as 13H, para limpeza, arrumação e reorganização das suas colecções. A Hemeroteca colecciona e disponibiliza para leitura pública as publicações periódicas e os jornais editados em Portugal.
Reúne mais de 20 mil títulos, publicados entre 1715 e a actualidade, o que faz desta biblioteca uma das maiores do país e referência incontornável para estudantes, professores, investigadores, jornalistas e historiadores. É biblioteca beneficiária de Depósito Legal desde 1931, e biblioteca generalista, com publicações que cobrem todas as áreas do conhecimento.
Apesar da maior parte do seu fundo documental datar do século XX, possui muitas colecções anteriores, sendo de destacar, pelo seu valor histórico e cultural, os periódicos do século XVIII e XIX - muitos deles microfilmados ou digitalizados. O seu exemplar mais antigo, pertencente à Gazeta de Lisboa, data de 10 de Agosto de 1715. Depois, encontramos raridades bibliográficas como o Jornal Enciclopédico, de 1779, dirigido por Félix António Castrioto, o Courrier de Londres, a Revista de Portugal de Eça de Queirós, a Artes e Letras de Rangel de Lima, A Ilustração de Mariano Pina, a Ilustração Luso-Brasileira de Luís Augusto Rebelo da Silva, os Fantoches, de Rocha Martins, as publicações de Rafael Bordalo Pinheiro, entre centenas de outros títulos.
De 1931 em diante, tudo o que é periódico nacional encontra-se ali devidamente arrumado e pronto a ser consultado: Os Ridículos, A República, A Época, O Século, o Diário de Lisboa, o Diário de Notícias, o Diário Popular, O Jornal, a Vida Mundial, a Revista Militar, a Rumo, a Península, a Tempo Presente, a Colóquio, a Seara Nova, a Ilustração Portuguesa, a Defesa Nacional, a Análise Social, passando por muitos e muitos outros, até aos mais recentes títulos como o Público, o Expresso, O Independente, O Jogo, a Visão, a Valor, A Grande Reportagem, revistas universitárias, revistas técnicas, revistas especializadas nos mais diversos assuntos, boletins oficiais das ex-colónias, boletins municipais, jornais regionais e locas, numa diversidade temática ilimitada.
Ao todo, são quase 500.000 volumes de jornais e revistas, arrumados nos superlotados depósitos da biblioteca. Possui ainda um importante núcleo de bibliografia nacional e estrangeira sobre comunicação social, com destaque para os estudos sobre a imprensa periódica e jornalismo.
O contacto do leitor com toda esta documentação faz-se através do seu catálogo bibliográfico, disponível na Internet, e da sua Hemeroteca Digital. Frequentada anualmente por mais de 40.000 leitores, oferece ainda uma vasta programação cultural, com destaque para os seus colóquios e exposições, sem esquecer a sua actividade no campo da promoção da leitura e das experiências educativas.
Na programação cultural pensada para os próximos meses de Abril e Maio o destaque vai para a exposição “O Terramoto de 1755 na Hemeroteca de Lisboa: fontes & bibliografia”, uma mostra documental que reúne fontes e bibliografia existentes no acervo documental da Hemeroteca sobre o Terramoto de 1755. Pretende-se, assim, que os utilizadores e investigadores nacionais e estrangeiros tenham acesso a estes documentos e ao impacto que o Terramoto teve na imprensa periódica ao longo dos tempos (desde 1755 até à actualidade). A exposição estará patente ao público até dia 30 de Abril.
Estas são excelentes razões para vir visitar a Hemeroteca.
Hemeroteca Municipal de Lisboa
R. de São Pedro de Alcântara, 31
250-237 LISBOA
Telef. (00351)213467745
Fax (00351)213478915
Home Page: www.cm.lisboa.pt