Friday, May 05, 2006

Noites mais longas da capital são no Bairro Alto

O Bairro Alto está no topo das preferências dos lisboetas quando saem à noite. Esta conclusão surge num estudo apresentado ontem pela empresa QualiQuanto - Research and Brand Consultancy que caracteriza os espaços de diversão nocturna da capital e os públicos que os frequentam.Segundo Isabel Pinheiro, coordenadora do projecto, o Bairro Alto, por ser "um espaço amplo, com uma oferta diversificada, que permite uma convivência entre várias 'tribos', aliado ao facto de ser o local onde, aparentemente, as bebidas são mais baratas", justifica a escolha por parte da maioria dos inquiridos.
O perfil de quem sai à noite é cada vez mais diversificado, mas é entre os jovens dos 17 aos 24 anos que se encontra a maioria dos noctívagos, revela o estudo.O roteiro da noite lisboeta já não é o que era. O habitual programa de jantar fora e ir ao cinema deu lugar a um novo circuito da noite, que passa por jantar, ir até a um ou dois bares, correr as discotecas e terminar já de manhã com o pequeno almoço, sempre inserido num grupo de amigos, companhia preferencial apontada pelos inquiridos, cerca de 91%.
Noites mais seguras e na modaQuando se fala nos hábitos de quem sai à noite, as questões de segurança surgem de imediato. No entanto, essa preocupação não se revela de forma significativa no estudo. Isabel Pinheiro diz que "os jovens não vêem a noite como insegura" e que aparentam "conviver de forma mais ou menos pacífica com o facto de poderem vir a ser assaltados".Para os noctívagos mais frequentes não existe um dia específico para sair. No entanto, a sexta-feira e o sábado continuam a ser os dias preferidos para "ir para os copos".Quem quer sair à noite "tem" de estar na moda. Este facto origina que diversas marcas de vestuário e acessórios surjam associadas à ida à discoteca.
Nike, Lacoste, Gap e Swatch surgem no topo das marcas mais referenciadas. O telemóvel é um acessório fundamental e quanto a equipamentos as marcas Nokia e Samsung lideram as preferências. Na base deste estudo esteve o facto de "as empresas que estão ligadas ao negócio da noite não saberem o resultado dos eventos que promovem". O estudo agora apresentado acaba por ser "o follow up do trabalho desenvolvido pelos empresários, apesar de não ter sido encomendado por nenhum empresário da noite", revela.Ficha técnica do estudoPreparado durante cerca de um ano, este estudo contou com a colaboração de três recém licenciados em Sociologia pela Universidade Lusófona.
Numa primeira fase, um grupo de 25 jovens foi convidado a identificar, através de colagens e fotografias, os ambientes e as vivências da noite nos locais que habitualmente frequentam. Numa fase posterior, e depois de encontrados alguns conceitos chave, foi aplicado um questionário a cerca de 200 frequentadores da noite lisboeta.
in DN de ontem

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